Soneto parnasiano

Barquinho de papel

Ana Júlia Caetano Fernandes

De papel fez o efêmero barquinho

Depois que o triste céu se recolheu

Ele vai seguindo no estreito caminho

Navegando sozinho, adormeceu


De repente um pesadelo atormenta

Monstros ibéricos vêm atacando

O observador apenas lamenta

Pobre barquinho que sofre brincando


Vendo a situação, o céu se entristece

Sua visão, pela morbidez, inunda

Este fim o barquinho não merece


Mas, subitamente, ele está sonhando

E na sua inepta sensatez, afunda

O desconhecido, agora, admirando.


Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Matemágica: Tomografia Computadorizada - Matrizes

Cerrado: A floresta invertida e o berço das águas

Legislação brasileira sobre pilhas e baterias